Medicina na Pré-história

Por Alexandre Ramos   

   A medicina pré-histórica se refere à medicina antes dos homens serem capazes de ler e escrever, cobrindo um vasto período, onde métodos e crenças variam de acordo com a região e cultura de origem.  Pela falta de registros históricos, o estudo da medicina primitiva se manteve em conjecturas, partindo da analise de restos humanos, ferramentas utilizadas e outros sinais de sua existência, teorizando que o homem pré-histórico teria se baseado na combinação do natural e sobrenatural tanto na causa como no tratamento de suas enfermidades.

   Os primeiros tratamentos pré-históricos para as aflições do homem foram observados em métodos básicos como a ingestão de ervas para cura de dores abdominais ou de plantas aplicadas em cortes e machucados. Os efeitos de plantas e ervas de forma medicinal foi descoberto a partir da tentativa e erro, muitas vezes pelo instinto ou apenas observando outros animais, algo que levou ao método conhecido como geofagia, que se refere a pratica de comer substâncias terrestres como o giz ou argila, após o homem primitivo descobrir que certos tipos de terra quando ingeridos teriam propriedades curativas.  O papel de coleta e distribuição de ervas e plantas era, em muitas culturas, exercido por mulheres e criando assim a responsabilidade em cuidar da saúde de suas famílias.

   O elemento sobrenatural na medicina pré-histórica surgiu da ideia que enfermidades seriam causadas por ação de demônios ou castigo divino, explicando a forma como certas aflições apareciam, de maneira brusca, em um ser aparentemente saudável. A partir disso surgem os primeiros homens ou mulheres que exerceriam a função de curandeiros, magos ou sacerdotes, praticando medicina somada a rituais e preces para curar seus pacientes, além de criar diferentes tratamentos como a imobilização de fraturas e a trepanação, método que consiste na abertura de buracos no crânio, com o objetivo de eliminar maus espíritos e demônios de pacientes que sofriam de dores de cabeça ou epilepsia. Esses primeiros homens da medicina levaram futuras civilizações a regulamentação do medico enquanto profissão.

   É difícil saber até que ponto o homem primitivo entendia a medicina graças à falta de evidências que possam ser investigadas. Historiadores de hoje se baseiam em restos mortais e estudos antropológicos de diferentes sociedades vivendo em condições similares para criar teorias. O estudo de restos mortais desse período sendo o mais importante, também é raro, vindo de múmias que ajudam cientistas a determinar idade, altura, peso, condições ósseas e possíveis doenças do homem pré-histórico. Essas informações são a principal fonte na busca pelo entendimento da medicina pré-histórica e seu desenvolvimento.

                                                                              
Cirurgia no período neolítico

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